quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"Presentes Invisíveis"

Sentimentos são melhores que sapatos e perfumes

IVAN MARTINS

         Estamos a quatro dias do Natal, época de embrulhar presentes. Sentar no chão, cercado de caixas e sacolas impessoais das lojas, e transformá-las, sem pressa, em pacotes caprichados e coloridos, cada um deles com a cara de quem vai receber. Eu gosto. Não sei fazer compras, mas embrulhar presentes, (assim como engraxar sapatos, aliás) é algo que eu faço feliz, sem entender direito por quê.
       Antes de prosseguir, quero fazer um comentário adicional sobre as compras de Natal. As pessoas reclamam, incansavelmente, sobre o quanto é chata, difícil e despropositada essa maratona natalina. Eu tendo a concordar com elas, mas faço uma ressalva importante: parece que as pessoas que menos gostam de escolher presentes são as que têm mais dificuldade em parar de pensar nelas mesmas. Na hora de fazer compras, somos obrigados a pensar no que o outro gostaria de ganhar, naquilo que ele ou ela deseja, e essa parece ser a parte realmente complicada do processo, para muitos de nós. Somos tão auto-centrados, tão intensamente preocupados conosco, que o exercício de se colocar no lugar dos outros, ainda que por alguma horas, provoca exasperação. Quando vai terminar essa palhaçada de Natal para que eu possa voltar, de novo, a me preocupar somente comigo mesmo?
         Feito esse desvio, volto ao essencial, que é simples: o melhor presente de Natal é o sentimento que vem com ele. Tenho de fazer um esforço danado para me lembrar do que eu ganhei no ano passado, mas o carinho e o amor das pessoas que estiveram comigo há 10 e 20 anos continuam inesquecíveis. Assim como as mágoas e as dores que elas deixaram. Objetos desaparecem da memória e da nossa vida, mas as felicidades e os agravos a gente carrega para sempre. Hoje em dia, se eu pudesse, daria a cada uma das pessoas que eu amo uma caixinha repleta apenas com um único sentimento invisível, aquele que eu julgasse mais necessário ao momento da vida delas. Acho que seria mais útil que vestidos, camisas ou sapatos. Melhor até que livros. 
        Eu já desconfiava, mas ficou evidente no filme As canções, do Eduardo Coutinho, que as pessoas, sobretudo as mulheres, precisam desesperadamente aprender a deixar as coisas que não deram certo para trás. O dom do esquecimento seria um presente de Natal extraordinário para pessoas que depois de 10, 20,30 ou 40 anos continuam apaixonadas por alguém que nunca as amou. Quem puder, vá assistir ao documentário do Coutinho. Ele entrevista pessoas comuns e pede que elas cantem a canção da vida delas - e explique o que há por trás da música. Em geral são histórias de amor mal resolvidas, que dominam e resumem existência inteiras. Como diz uma amiga que viu o filme, é impossível não chorar diante de uma coisa tão triste. A capacidade de esquecer e recomeçar, portanto, seria um ótimo presente de Natal para milhões de pessoas. 



         Outra coisa imaterial que anda em falta é a capacidade de escolher afetivamente. Olhe em volta: há muita gente ciscando incessantemente, e não é coisa de adolescentes e jovens. Pessoas de todas as idades não sabem direito o que fazer com elas mesmas. Não conseguem escolher entre o casamento e a bicicleta. Trincam de ansiedade. As possibilidades são tantas, as pessoas tão tantas, as vontades são tantas... que paralisa. Acho que dentro de alguns anos vamos começar a perceber as consequências dessa epidemia de indecisão, na forma de gente inteiramente solta, (pipas ao vento, como eu ouvi uma vez), cuja vida passou ao largo dos compromissos afetivos. Lá na frente elas não terão onde aportar - e nem saberão como, na verdade. Se, com um presentinho de Natal, essas pessoas pudessem aprender a escolher, tenho certeza de que ficariam mais felizes.

         O terceiro e último presente que eu gostaria de distribuir em caixinhas com fitas vermelhas é o altruísmo, a capacidade de pensar nos outros. Isso anda muito em falta, na vida dos casais, inclusive. Viramos um bando de egoístas e crianças mimadas. Cada um para si e dane-se o resto. Eu, eu, eu, eu... As pessoas não querem saber de sacrifícios, pessoais ou coletivos. Não podem ouvir falar de deixar seus desejos de lado, ainda que temporariamente. Todos nós temos direito ao gozo já, orgasmo já, realização plena, total e irrestrita, desde logo. Afinal, ralei para isso, não foi? A ideia de apropriação pessoal e instantânea faz parte da nossa cultura, mas está ficando insuportável. A sociedade e o planeta não aguentam sete bilhões de reizinhos batendo o pé e exigindo ser felizes a cada instante. Dentro das famílias acontece o tempo todo, no interior dos casais. Não dá, né? Sem um pouco de doação essa barca afunda – a da vida privada e a da vida pública. Nada de meias, perfumes e gravatas no Natal. Altruísmo para todos, já! 


"Presentes Invisíveis" foi escrito pelo Ivan Martins, editor-executivo da revista ÉPOCA.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"Cuidado com os burros motivados"

Em Heróis de verdade, o escritor combate a supervalorização da aparência e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima
Camilo Vannuchi
Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe”, dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. “O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras.”


Istoé - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

Istoé - O sr. citaria exemplos? 
Roberto Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro. 

Istoé - Qual o resultado disso?
Roberto Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo. 

Istoé - Por quê?
Roberto Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa. 

Istoé - Há um script estabelecido?
Roberto Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito?” Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.” É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir.” Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor? 

Istoé - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Roberto Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso. 

Istoé - Está sobrando auto-estima?
Roberto Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
Istoé - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência? 

Roberto Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.” Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado. 

Istoé - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Roberto Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas. 

Istoé - É comum colocar a culpa nos outros?
Roberto Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total. 

Istoé - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Roberto Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir. 

Istoé - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Roberto Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades. 

Istoé - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Roberto Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: “Você tem de estar feliz todos os dias.” A terceira é: “Você tem que comprar tudo o que puder.” O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: “Você tem de fazer as coisas do jeito certo.” Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar. 

Istoé - O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
Roberto Shinyashiki - Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.” Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos.

Entrevista com Roberto Shinyashiki para Revista Época. 

Achei incrível. Provável reconhecer as entrelinhas.


Entrevista online 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Deus me livre de ser normal"

Quando praticava ioga, pensava no equilíbrio. Nunca me aprofundei. Embora eu tenha mania de pesquisar tudo que, de repente, vem na cabeça. Se penso sem querer em uma palavra, ou ouço sobre algo, alguém, ainda que seja indiretamente, faço um bilhetinho com o que preciso pesquisar depois.
Este ano especialmente, com uma busca incessante pelo autoconhecimento, equilíbrio, bem estar e congêneres, li muito sobre Buda, por exemplo (só um exemplo, já que li muito mais do que vocês imaginam!). Adoro conhecer culturas diferentes, observar os contrastes, a diversidade. Esse assunto vai longe...
O que gostaria de registrar, há algum tempo inclusive, é que uma pessoa muito querida me respondeu a um e-mail e no final, me indicou um link dizendo: "quando você me ligou, ouvia a esse programa. Se tiver 'saco', veja!"
Exercite a paciência se puder. Não se preocupe com a duração do vídeo, mas tente compreender onde se encaixa cada frase na sua vida...
Algumas mudanças aconteceram depois de persistir e assistir. Espero que esse vídeo faça algum sentido e transforme algo em você também.


PROGRAMA SEMPRE UM PAPO COM PROFESSOR HERMÓGENES


José Hermógenes de Andrade Filho, mais conhecido como Prof. Hermógenes, é um escritor, professor e divulgador brasileiro de ioga. É doutorado em Yogaterapia pelo World Development Parliament da Índia e é Doutor Honoris Causa pela Open University for Complementary Medicine. Recebeu a Medalha de Integração Nacional de Ciências da Saúde e o Diploma d'Onore no IX Congresso Internacional de Parapsicologia, Psicotrónica e Psiquiatria (Milão, 1977). Escolhido o Cidadão da Paz do Rio de Janeiro, em 1988, o Professor Hermógenes recebeu a Medalha Tiradente em 8 de maio de 2000. A premiação foi conferida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pelo bem-estar e benefícios à saúde que as obras de José Hermógenes de Andrade Filho levaram para os brasileiros. É fundador da Academia Hermógenes de Yoga.   
Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Manuscrito

Apesar de toda modernidade e da tecnologia que temos facilmente disponíveis, confesso que ainda faço bom uso do papel e da caneta, guardo bilhetinhos, adoro uma carta e cartões escritos com tinta da velha caneta azul. 
Folheando minuciosamente a parte de curiosidades, ainda na revista Gloss - porque eu também prefiro folhear do que ler online, soube de um projeto chamado Ecriture Infinie e Adorei!
Preocupados com a extinção da escrita à mão, os criadores do projeto, que existe desde 2006, coletam textos manuscritos em livros gigantes.
Depois de preenchidos, os livros são escondidos cada um em um lugar secreto, para no futuro serem descobertos por nossos descendentes. 
Cada um, tem a chance de deixar uma mensagem como "se fosse a última oportunidade de escrever algo a mão".
Está em produção o oitavo e último livro da série e se tiver curiosidade de saber mais ou até como participar, entre no site!

www.ecritureinfinie.org


sábado, 19 de novembro de 2011

Caminhos


Claro que eu não perderia a piadinha da imagem... :)

Mas a verdade é que cada um escolhe os caminhos que desejar e os mais fáceis, na maioria das vezes, não são os melhores. Chegar muito rápido nos impede de aproveitar melhor a viagem, ainda que ela pareça um tanto cansativa. 
Pegue a mochila e aprecie melhor o trajeto: conhecimento, amadurecimento, progresso.
Observe cada passo e reflita sobre aqueles que o medo te convenceu de não dar.
Se cair, fazer o quê? Levante. Se doer, chore. Permita-se sentir qualquer dor, por mais banal que possa parecer aos olhos do outro, mas com dignidade. Se estivermos conscientes de que vai passar, então é melhor economizar um pouco de energia e depositá-la no que realmente vale a pena.
Tenho entendido que o bom mesmo é murmurar menos e aprender uma lição a cada interrogação, vírgula ou exclamação. Compreender um olhar, o sorriso a meio lado, as mãos desassossegadas. Questionar menos e aceitar que nem sempre teremos respostas, que algumas vezes elas são desnecessárias e então, para que ficar tentando inventar uma?!
Se soubesse fazer o correto, não teria errado. A gente tropeça é para levantar!
Desconfio de gente feliz 24h por dia. A dor de um fracasso dá a oportunidade de identificar lados desconhecidos em nós mesmos, e nos permite sentir até aquele golpe de felicidade que em algum momento, a gente nunca imaginou que existisse... 

"E você ainda me pergunta:
aonde é que eu quero chegar,
se há tantos caminhos na vida
e pouquíssima esperança no ar!
E até a gaivota que voa
já tem seu caminho no ar!"
Raul Seixas

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tô grávida (o)!

Calma! Eu não! Mas, que cara você fez?!
Amo ficar sabendo que alguém está grávida (o)! Em alguns casos eu levo um sustinho, em outros, faço cara de samambaia, afinal de contas, existem situações bem previsíveis...
Pois bem, lendo a revista Gloss, soube que o fotógrafo inglês Robinson vai ser pai e resolveu registrar a reação das pessoas depois de ouvirem a novidade.

www.tomrobinsonphotography.com
Vale muito à pena conferir essa sessão de fotos no site (www.tomrobinsonphotpgraphy.com).  Basta entrar no ícone “I’m going to be a dad” - à esquerda.
Além dos flagras suspresos - ou não - com a boa nova, estão disponíveis no site do fotógrafo outros trabalhos incríveis. Mesmo. 
Confiram!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Doe um livro

Teve início ontem, a campanha de 2012 para arrecadar livros para escolas públicas e bibliotecas de todo país.
Nunca é compartilhar apenas um livro - são conhecimentos, viagens, sonhos, possibilidades, oportunidades e incentivo!
Livro para juntar poeira na estante não prospera! Então, quem puder, que faça sua parte! ;)

Para quem tem twitter, a divulgação está sendo pelo 

http://doeumlivrononatal.blogspot.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Fique linda!

Hoje em dia é comum a gente recorrer a internet para conseguir algumas e boas dicas de maquiagem! Os sites estão bombando com novidades e blogueiras em vários lugares do mundo mostram o que sabem de moda em vídeos que fazem o maior sucesso!

Mas a menina de cinco anos supera quaquer vídeo que eu já vi! Madson Hohrine, conta no YouTube como se maquiar, dá dicas e mostra seus produtos com muita desenvoltura e simpatia. 
Apesar de em alguns vídeos não conseguir fazer a auto-maquiagem tão perfeitamente, ela explica direitinho como ter um bom resultado.

E eu que pensei em mostrar algumas novidades (que pra quem entende e está super antenada, talvez nem seja tão novidade assim...) de maquiagem, os batons e sombras em adesivo, novas cores de esmaltes... Fica para outra hora.

Confira um dos vídeos da fofura gorata prodígio!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Momento brigadeiro!

Foto do site Casa e Jardim
Nesses dias friorentos a gente costuma sentar no sofá e ter vontades de não sei o quê.
Pode ser brigadeiro. Que tal?!

Essa receita é da chefe Renata Cruz, do restaurante Amici e foi publicada no site da Revista Casa e Jardim. Nunca tinha feito uma receita de brigadeiro com creme de leite. Fica macio, derrete na boca, hummm!


BRIGADEIRO CREMOSO 

Ingredientes
2 latas de Leite Moça (não pode ser genérico)
2 colheres (sopa) de manteiga
1 xícara de Nescau (não pode ser genérico)
2 colheres (sopa) de creme de leite

Modo de preparo
Em fogo médio, derreta a manteiga. Em seguida, agregue o Leite Moça e o Nescau.
Misture e não pare de mexer. Deixe no fogo até que comece a desgrudar do fundo.
Deixe esfriar um pouco e acrescente o creme de leite fresco. Misture bem e sirva! 


Ideias mais sofisticadas...

Na mesma revista, uma outra matéria fala sobre uma nova geração de brigadeiro: o gourmet. 
O velho e tradicional brigadeiro abre espaço para um docinho cada vez mais diferenciado!
Leia a matéria na íntegra aqui e veja as ideias para preparo e para embalagens! 

E TEM MAIS!

Para Chá de Panela, por exemplo, o kit Santo Antônio do Maria Brigadeiro é muito legal.  Além dessa fofura, o atelier produz a TPM Alívio - toda mulher merece! :)



Fotos do site Casa e Jardim

E ainda para quem quer ficar craque, é só comprar o livro dedicado a delícia! 
"O LIVRO DO BRIGADEIRO" é da Juliana Motter, publicado pela editora Panda Books e custa na faixa de R$30,00.


Bem, chega né?! Agora é só colocar a criatividade para funcionar, mãos à obra e nas colheradas é claro!
  
em homenagem a Karla Luany, a garota brigadeiro e aniversariante da vez! :)

Thaís

sábado, 2 de julho de 2011

Tindolelê!

Hoje todo mundo resolveu fazer homenagem ao aniversário de 25 anos da Xuxa na Globo. Em diversos lugares do mundo, a galera em peso fazendo a pose clássica do LP (coisa antiga, hein?!), de 1900 e bolinha. (Veja a matéria no G1)
Esse beijo de batom também era clássico! Todo mundo mandava cartinha lambuzada, era um horror! (mas era moda! :))
Em seguida, essa minha foto tosca é para ilustrar uma das peripécias fase infanto juvenil parte 1! (já publiquei e é bem antiga (graças a Deus)).
Normal vai! Tinha gente que queria ser a Xuxa ou as paquitas, tem gente que queria ser Madonna e conheço gente que queria até ser Chacrete! hahaha 
Pois bem. Eu gostava da Xuxa, contudo, tinha meio que um combinado com a minha irmã. Ela era a Xuxa e eu a Angélica - minimizava brigas! ;) Ou seja, era meio do contra e super a favor da Angélica, de blue jeans, com aquele cabelo liso-cheio-inexplicável!  

Eu era dramática desde criança! Adorova sentar no sofá com a minha irmã, of couse, chorávamos ouvindo a música do cãozinho Xuxo que tinha morrido! hahaha
Mas voltando, foi nessa janela que eu brinquei de xuxuxu xáxáxá tantas vezes, e sabe por quê? Por que era ela (a janela) minha Nave Espacial! hahaha - Vou explicar:  
Eu subia no sofá e depois na janela (época em que eu cabia ali...), enquanto minha mana me trancava. Aí soltava o som ♪ ♪ Pãn, pãn, pãn, pãn, pãn bom estarrr com você, brincar com você, deixar correr solto o que a gente quiserrrr ♪ ♪ Saía da janela como se tivesse saído da Nave! E pra completar tinha o batedor de carne, que fazia as vezes do microfone... Tempo feliz aquele em que a gente esperava pra tomar café da manhã com a Xuxa! hahaha
Eu não tenho uma foto com o Bozo, mas tenho foto com a Xuxa! :) Só que era do tempo que rebobinava (é assim que fala?!) o filme e mandava revelar! :)
Ah, no colégio ainda fiz um trabalho de vídeo (Planeta Xuxa) e adivinha quem era a Xuxa? Eu parecia muito mais uma fat family! (mas a nota foi boa! hahaha)
Teca, essa momento eu dividi com você! :) Rá! (e eu sei, estou te devendo um texto ;))

T.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Unidas pela vida

No twitter, um RT indicou o site da Gabi e Gigi, duas meninas com doença degenerativa, que estão precisando de ajuda.
Eu nunca ouvi falar em Tay-Sachs e no site Wikipédia dá pra ter uma noção do que é a doença.

O site conta a história das meninas e a luta da família para que elas se recuperem. Então fica o site para quem quiser visitar e ajudar da maneira que puder.

domingo, 12 de junho de 2011

Ao amor!

O último ano foi um divisor de águas na minha vida. Claro que não vou fazer a análise aqui via blog, mas foram muitas coisas num curto espaço de tempo que me ensinaram a dar um novo passo, ainda que eu estivesse resistente em relação aos novos caminhos.

Foram problemas com o trabalho, episódios depressivos, um relacionamento frustrante, uma viagem regada a surpresas, a distância da família, a volta conturbada. Tudo o que eu não conheci em 26 anos no Brasil, vivi nos EUA em meio ano e sozinha. Porque ainda que eu tivesse algumas companhias, elas também tinham seus afazeres e a vida lá não é de algodão doce como nos filmes.

Aprendi que remédio ajuda, mas que a mudança está na cabeça da gente. Entendi, embora tenha demorado, que merecemos alguém que tenha certeza que quer nossa presença ao lado. A covardia leva as pessoas a frases ou gestos e semblantes subentendidos – nos torturamos tanto para chegarmos a conclusão de que muitos nada querem dizer. Compreendi que se dedicar a algo, a alguém, não importa por quanto tempo: vale a pena. Existem pessoas que não valem.  Mas o amor, os sentimentos e as emoções no geral, a entrega, a verdade, sempre vão valer. A diferença é o valor que cada um dá as situações que vivem.

Pela primeira vez estava caminhando com as minhas próprias pernas, e principalmente, tentando descobrir onde foi que me perdi, para tratar de me encontrar de novo o mais rápido possível. Sinceramente, o reencontro que a gente tem com a gente mesmo não é fácil e exige trabalho diário. Você não perde um emprego ou um namorado; a vida te convida a buscar melhores coisas e companhias.

Foi uma família maravilhosa, amigos incríveis, terapia, livros, alguns telefonemas e muitas descobertas, até voltar a velha gargalhada de sempre. Aquela gargalhada que não precisa de espelho. É bem a cara da felicidade: embora não seja palpável, na maioria das vezes, é escandalosa e visível.

Não estou gongando casais apaixonados no dia de hoje, pelo contrário. Sou romântica, mas aprecio bem mais o amor de todos os dias. O ato de não só viver, mas conviver, esse sim é de se tirar o chapéu. Aliás, aprecio bem mais o dia 13 de junho, dia de Santo Antônio. Mas fica para amanhã!

O fato é que o espelho pode mostrar muito mais do que a gente vê, e estar em paz com as nossas ações, ideias, ideais, desejos e com o amor - o próprio, ao próximo, e o do amado(a) se houver, é estar de bem com a gente mesmo em primeiro lugar. 

Ter um parceiro, amar o outro, é lindo. Mas é preciso aprender que quando a gente se ama, se valoriza e se respeita, é que as pessoas se tornam..., não menores do que parecem, mas do tamanho que elas realmente são. E aí, a possibilidade de ficar acreditando numa história que não existe ou não tem fundamento é bem menor.

Mas não pense que o pouco é o bastante para você. Somos capazes de escolher e depende de nós escolhermos o que há de melhor no outro e em nós mesmos. Cada um sabe o que é e o que oferece. Façamos a nossa parte - evoluir é uma delas. O tempo (nem sempre longo) nos mostra que tem razões para tantos tropeços e o desencadear da vida, mostra o que é que nos move... e cada passo depende exclusivamente de nós. 

Então hoje, um passo largo, um passo ao amor! Aquele que ninguém vai poder te tirar e que dura os 365 dias do ano!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Matando o amor

Nesses últimos tempos o que mais temos visto são tragédias. A violência cresce cada dia mais e as justificativas, como se houvesse, também estão cada vez piores.
Filhos matam os pais por não estarem de acordo com as relações amorosas dos filhos, namorado que mata namorada por não aceitar término, amante que mata pai de família porque de repente, ele decidiu que não quer dar mais uma escapadinha...
E aí eu vejo manchetes e CG's de programas de tv dizendo que fulano e cicrano matou por amor. 
Não me recordo o nome do psicólogo, mas em uma entrevista sobre um caso desses, o especialista dizia que sim, é possível matar por amor; não ter a pessoa amada causa descontrole e acredita ser preferível não ter a pessoa viva, do que vê-la ao lado de outro(a).
Que me perdoem a falta de sensibilidade e o comentário cruel, mas eu me pergunto por que esse tipo de pessoa não se mata. Para se matar é preciso coragem... Já ouvi muita gente dizer que na falta de controle, teve pensamento suicida. Mas que lhe faltou coragem para tirar a própria vida.
Somos criados para aprender a contar, ler, escrever. Penso que já no colégio os alunos deveriam aprender mais que Gestalt nas aulas de psicologia. Deveriam  aprender a lidar com as emoções, ter um pouco mais de inteligência emocional.
Não acho possível matar por amor. As pessoas matam por falta dele.
Falta de amor próprio e falta de amor ao próximo.
Podemos fugir de muita coisa, menos daquilo que carregamos dentro da gente. O caminho da tristeza é o mesmo para o da felicidade. Depende da escolha que a gente faz todos os dias quando abrimos os olhos.
O fato é que parece mais fácil responsabilizar o outro pela nossa felicidade, culpar o outro pela nossa falta de alegrias, quando algo não acontece como queremos. O difícil mesmo é mudar.
Há alguns dias me disseram: “antes de sorrir para alguém, olhe no espelho e veja se você está sorrindo." Me calei por que quem me conhece sabe, começaria um discurso. E dependendo da pessoa, eu tenho preguiça até para dissertar.
Minha dica é outra: quebre o espelho e olhe para dentro de você. Como diz a música, 'mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...'
Está aí os sites de relacionamento que não me deixa mentir: uma necessidade desenfreada de mostrar para o outro o quanto somos felizes, inteligentes, bem amados, viajados, finos e elegantes em tempo integral.
O espelho ajuda, mas a voz do coração ecoa. 
É preciso enxergar mais adiante o que não é palpável, mas é visível, e muitas vezes evidente.
Antes que o amor morra de vez, mate o egoísmo. Aprender a lidar com as nossas perdas, dores e sofrimentos com dignidade faz parte da evolução do ser humano. A vida é uma montanha russa.
Antes de sair dando marretada, é melhor contar, pensar e praticar a paciência e tolerância. Caso contrário, qualquer dia a gente sai para o trabalho e volta de olho roxo.
É uma lição diária, nem sempre prazerosa, mas que depende só da gente.

terça-feira, 15 de março de 2011

Fim de ano é assim...

O ano acabou, mas é nesta época festiva de fim de ano que eu sempre me coloco a pensar mais. Penso nas coisas que aprendi, nas pessoas que conheci, nas oportunidades vividas e dispensadas, nos bares e viagens, nos encontros com os amigos, nos jantares, reuniões familiares...
Tudo bem, o ano acabou faz tempo. Mas é que na verdade eu o vejo começando agora. E é o que dizem mesmo né?! "O ano começa depois do carnaval!". 

Antes, eu pensava nas possibilidades perdidas, sobre coisas que neguei, palavras soltas, reconciliações, desejos... Pensava nas paixões, as que eu me arrependi de não dar o devido valor ou aos que dei valor demais... Me questionava sobre coisas e situações inquestionáveis, porque a vida é assim... ela simplesmente acontece. Ainda que minha mente e coração quisessem tantas vezes dominar aquilo que hoje eu sei: estava escrito.

E que virada de ano eu tive. Do ano 9 para o ano 2. Dos finais para começo e recomeços. Foi mesmo do ano 0 para o ano 1: de 2010 para 2011, de deixar tantas coisas para trás, em busca de falsas oportunidades e com sede incessante de respostas.

E como a gente nem sempre tem a resposta que quer, digo que foi um ano para não ser esquecido, que ensinou a ter paciência, a aprender a dar o próximo passo e a buscar desiquibradamente o equilíbrio!

E ainda que eu seja a rainha de dar chance ao próximo, foi bom dar várias chances para mim mesma. Porque de fato, ainda que esteja em busca do que vai me tornar cada vez mais uma pessoa melhor, eu já pude apanhar um bocado para aprender. E de verdade? É duro saber que pode não ter sido o bastante...

Mas dizem que a gente aprende muito mais na dor, né?! Essa coroação tinha uma razão de ser. Quase sempre tem.

Agradeço pelas dificuldades, pelos tapas, pelo almoço mal digerido, pelo silêncio gritado, que me fez enxergar melhor as conquistas e olhar o ano de maneira mais amena, mais clara, ainda que, às vezes, pense estar fazendo parte ainda do momento obscuro.

Sei que foram as melhores decisões tomadas para determinados momentos, porque eu sou assim. Impulsiva, intensa, inteira. E por mais que seja humana o suficiente para ser inconsequente, fui adulta o bastante para refletir sobre meus erros, sobre as mudanças e um tanto de decepções.

Não quero me esquecer da coragem que tive de deixar tanta coisa pra trás, a fim de crescimento pessoal sobretudo. Quero me lembrar do quanto fui impulsionada, da força que me foram dispensadas, dos abraços de um dia especial, da vontade de carregar tanta gente embaixo do braço; abraço.

Que a virada não tenha sido só do ano. Tenha sido também das nossas cabeças, dos nossos olhos - da busca e quem sabe do encontro com o equilíbrio mental, físico, emocional. Que tenhamos um olhar diferente sobre a vida, mais aberto, atento, verdadeiro e bem mais poético.