terça-feira, 15 de março de 2011

Fim de ano é assim...

O ano acabou, mas é nesta época festiva de fim de ano que eu sempre me coloco a pensar mais. Penso nas coisas que aprendi, nas pessoas que conheci, nas oportunidades vividas e dispensadas, nos bares e viagens, nos encontros com os amigos, nos jantares, reuniões familiares...
Tudo bem, o ano acabou faz tempo. Mas é que na verdade eu o vejo começando agora. E é o que dizem mesmo né?! "O ano começa depois do carnaval!". 

Antes, eu pensava nas possibilidades perdidas, sobre coisas que neguei, palavras soltas, reconciliações, desejos... Pensava nas paixões, as que eu me arrependi de não dar o devido valor ou aos que dei valor demais... Me questionava sobre coisas e situações inquestionáveis, porque a vida é assim... ela simplesmente acontece. Ainda que minha mente e coração quisessem tantas vezes dominar aquilo que hoje eu sei: estava escrito.

E que virada de ano eu tive. Do ano 9 para o ano 2. Dos finais para começo e recomeços. Foi mesmo do ano 0 para o ano 1: de 2010 para 2011, de deixar tantas coisas para trás, em busca de falsas oportunidades e com sede incessante de respostas.

E como a gente nem sempre tem a resposta que quer, digo que foi um ano para não ser esquecido, que ensinou a ter paciência, a aprender a dar o próximo passo e a buscar desiquibradamente o equilíbrio!

E ainda que eu seja a rainha de dar chance ao próximo, foi bom dar várias chances para mim mesma. Porque de fato, ainda que esteja em busca do que vai me tornar cada vez mais uma pessoa melhor, eu já pude apanhar um bocado para aprender. E de verdade? É duro saber que pode não ter sido o bastante...

Mas dizem que a gente aprende muito mais na dor, né?! Essa coroação tinha uma razão de ser. Quase sempre tem.

Agradeço pelas dificuldades, pelos tapas, pelo almoço mal digerido, pelo silêncio gritado, que me fez enxergar melhor as conquistas e olhar o ano de maneira mais amena, mais clara, ainda que, às vezes, pense estar fazendo parte ainda do momento obscuro.

Sei que foram as melhores decisões tomadas para determinados momentos, porque eu sou assim. Impulsiva, intensa, inteira. E por mais que seja humana o suficiente para ser inconsequente, fui adulta o bastante para refletir sobre meus erros, sobre as mudanças e um tanto de decepções.

Não quero me esquecer da coragem que tive de deixar tanta coisa pra trás, a fim de crescimento pessoal sobretudo. Quero me lembrar do quanto fui impulsionada, da força que me foram dispensadas, dos abraços de um dia especial, da vontade de carregar tanta gente embaixo do braço; abraço.

Que a virada não tenha sido só do ano. Tenha sido também das nossas cabeças, dos nossos olhos - da busca e quem sabe do encontro com o equilíbrio mental, físico, emocional. Que tenhamos um olhar diferente sobre a vida, mais aberto, atento, verdadeiro e bem mais poético.