quinta-feira, 23 de junho de 2011

Unidas pela vida

No twitter, um RT indicou o site da Gabi e Gigi, duas meninas com doença degenerativa, que estão precisando de ajuda.
Eu nunca ouvi falar em Tay-Sachs e no site Wikipédia dá pra ter uma noção do que é a doença.

O site conta a história das meninas e a luta da família para que elas se recuperem. Então fica o site para quem quiser visitar e ajudar da maneira que puder.

domingo, 12 de junho de 2011

Ao amor!

O último ano foi um divisor de águas na minha vida. Claro que não vou fazer a análise aqui via blog, mas foram muitas coisas num curto espaço de tempo que me ensinaram a dar um novo passo, ainda que eu estivesse resistente em relação aos novos caminhos.

Foram problemas com o trabalho, episódios depressivos, um relacionamento frustrante, uma viagem regada a surpresas, a distância da família, a volta conturbada. Tudo o que eu não conheci em 26 anos no Brasil, vivi nos EUA em meio ano e sozinha. Porque ainda que eu tivesse algumas companhias, elas também tinham seus afazeres e a vida lá não é de algodão doce como nos filmes.

Aprendi que remédio ajuda, mas que a mudança está na cabeça da gente. Entendi, embora tenha demorado, que merecemos alguém que tenha certeza que quer nossa presença ao lado. A covardia leva as pessoas a frases ou gestos e semblantes subentendidos – nos torturamos tanto para chegarmos a conclusão de que muitos nada querem dizer. Compreendi que se dedicar a algo, a alguém, não importa por quanto tempo: vale a pena. Existem pessoas que não valem.  Mas o amor, os sentimentos e as emoções no geral, a entrega, a verdade, sempre vão valer. A diferença é o valor que cada um dá as situações que vivem.

Pela primeira vez estava caminhando com as minhas próprias pernas, e principalmente, tentando descobrir onde foi que me perdi, para tratar de me encontrar de novo o mais rápido possível. Sinceramente, o reencontro que a gente tem com a gente mesmo não é fácil e exige trabalho diário. Você não perde um emprego ou um namorado; a vida te convida a buscar melhores coisas e companhias.

Foi uma família maravilhosa, amigos incríveis, terapia, livros, alguns telefonemas e muitas descobertas, até voltar a velha gargalhada de sempre. Aquela gargalhada que não precisa de espelho. É bem a cara da felicidade: embora não seja palpável, na maioria das vezes, é escandalosa e visível.

Não estou gongando casais apaixonados no dia de hoje, pelo contrário. Sou romântica, mas aprecio bem mais o amor de todos os dias. O ato de não só viver, mas conviver, esse sim é de se tirar o chapéu. Aliás, aprecio bem mais o dia 13 de junho, dia de Santo Antônio. Mas fica para amanhã!

O fato é que o espelho pode mostrar muito mais do que a gente vê, e estar em paz com as nossas ações, ideias, ideais, desejos e com o amor - o próprio, ao próximo, e o do amado(a) se houver, é estar de bem com a gente mesmo em primeiro lugar. 

Ter um parceiro, amar o outro, é lindo. Mas é preciso aprender que quando a gente se ama, se valoriza e se respeita, é que as pessoas se tornam..., não menores do que parecem, mas do tamanho que elas realmente são. E aí, a possibilidade de ficar acreditando numa história que não existe ou não tem fundamento é bem menor.

Mas não pense que o pouco é o bastante para você. Somos capazes de escolher e depende de nós escolhermos o que há de melhor no outro e em nós mesmos. Cada um sabe o que é e o que oferece. Façamos a nossa parte - evoluir é uma delas. O tempo (nem sempre longo) nos mostra que tem razões para tantos tropeços e o desencadear da vida, mostra o que é que nos move... e cada passo depende exclusivamente de nós. 

Então hoje, um passo largo, um passo ao amor! Aquele que ninguém vai poder te tirar e que dura os 365 dias do ano!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Matando o amor

Nesses últimos tempos o que mais temos visto são tragédias. A violência cresce cada dia mais e as justificativas, como se houvesse, também estão cada vez piores.
Filhos matam os pais por não estarem de acordo com as relações amorosas dos filhos, namorado que mata namorada por não aceitar término, amante que mata pai de família porque de repente, ele decidiu que não quer dar mais uma escapadinha...
E aí eu vejo manchetes e CG's de programas de tv dizendo que fulano e cicrano matou por amor. 
Não me recordo o nome do psicólogo, mas em uma entrevista sobre um caso desses, o especialista dizia que sim, é possível matar por amor; não ter a pessoa amada causa descontrole e acredita ser preferível não ter a pessoa viva, do que vê-la ao lado de outro(a).
Que me perdoem a falta de sensibilidade e o comentário cruel, mas eu me pergunto por que esse tipo de pessoa não se mata. Para se matar é preciso coragem... Já ouvi muita gente dizer que na falta de controle, teve pensamento suicida. Mas que lhe faltou coragem para tirar a própria vida.
Somos criados para aprender a contar, ler, escrever. Penso que já no colégio os alunos deveriam aprender mais que Gestalt nas aulas de psicologia. Deveriam  aprender a lidar com as emoções, ter um pouco mais de inteligência emocional.
Não acho possível matar por amor. As pessoas matam por falta dele.
Falta de amor próprio e falta de amor ao próximo.
Podemos fugir de muita coisa, menos daquilo que carregamos dentro da gente. O caminho da tristeza é o mesmo para o da felicidade. Depende da escolha que a gente faz todos os dias quando abrimos os olhos.
O fato é que parece mais fácil responsabilizar o outro pela nossa felicidade, culpar o outro pela nossa falta de alegrias, quando algo não acontece como queremos. O difícil mesmo é mudar.
Há alguns dias me disseram: “antes de sorrir para alguém, olhe no espelho e veja se você está sorrindo." Me calei por que quem me conhece sabe, começaria um discurso. E dependendo da pessoa, eu tenho preguiça até para dissertar.
Minha dica é outra: quebre o espelho e olhe para dentro de você. Como diz a música, 'mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...'
Está aí os sites de relacionamento que não me deixa mentir: uma necessidade desenfreada de mostrar para o outro o quanto somos felizes, inteligentes, bem amados, viajados, finos e elegantes em tempo integral.
O espelho ajuda, mas a voz do coração ecoa. 
É preciso enxergar mais adiante o que não é palpável, mas é visível, e muitas vezes evidente.
Antes que o amor morra de vez, mate o egoísmo. Aprender a lidar com as nossas perdas, dores e sofrimentos com dignidade faz parte da evolução do ser humano. A vida é uma montanha russa.
Antes de sair dando marretada, é melhor contar, pensar e praticar a paciência e tolerância. Caso contrário, qualquer dia a gente sai para o trabalho e volta de olho roxo.
É uma lição diária, nem sempre prazerosa, mas que depende só da gente.