quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que eu queria dizer...

"Chega de meias bocas pra preencher profundos vazios. Meias bocas para beijar entradas inteiras. Meios beijos de respeito na testa. Meias palavras para dizer alguma coisa que, feita a análise fria, nada querem dizer.
(...)
Chega de ser metade comida em meios horários e meio amada em histórias pela metade.
(...)
Paciência é dom de amor aquietado, pobre, pela metade. Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela..."
.
.
.
Era o que eu queria dizer. Mas eu iria me perder nas palavras.
Se não estou enganada, os trechos são do texto de Tati Bernardi!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O pesadelo de Cinders!

Sensacional! Quando vi a foto no 'Daily Mail' não tive como dar boas gargalhadas... Uma porquinha de botas!!! Sabe por quê? O animal tem medo da lama!!! Sensacional!
A fobia de Cinders - nome tirado da personagem Cinderela, que usava confortáveis sapatinhos de cristal - foi descoberta pelos donos da porquinha, os fazendeiros Debbie e Andrew Keeble, da região inglesa de North Yorkshire. Cinders entrava em pânico sempre que a aproximavam da lama...
Para resolver o problema, o casal tirou as botas de um ursinho de pelúcia da filha. Como Cinders se adaptou bem, Debbie e Andrew compraram outro brinquedo para calçar a porquinha totalmente. Bingo! Cinders agora pode passear sem medo pelo lamaçal da fazenda! Sensacional!!!
Uma fábula em pleno século XXI...
Recebi e-mail hoje. Não resisti. Muito fofo! hahaha =)


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Prova de Amor!

Ninguém mais vai dizer: vou te tirar da minha vida!
Vai deletar do orkut!

Eu realmente me divirto com esse mundo pós moderno! hahaha



Desejos


Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu...


CARLOS DRUMMOND

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Me derruba ou me jogo?!

— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida.

Rita Apoena

terça-feira, 6 de maio de 2008

Infinito de nós dois

Meu poeta eu hoje estou contente
Todo mundo de repente ficou lindo
Ficou lindo
Eu hoje estou me rindo
Nem eu mesma sei de que
Porque eu recebi
Uma cartinhazinha de você
Se você quer ser minha namorada
Ai que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque

E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida ‚ nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Take iiiiiiiiit!!!

Oh, come on, come on, come on, come on!
Didn't I make you feel like you were the only man
—yeah!
Didn't I give you nearly everything that a woman possibly can?
Honey, you know I did!
And each time I tell myself that I, well I think I've had enough,
But I'm gonna show you, baby, that a woman can be tough.
I want you to come on, come on, come on, come on and take it,
Take iiiiiiiiiiit!
Take another little piece of my heart now, baby!
Oh, oh, break it!
Break another little bit of my heart now, darling,
yeah, yeah, yeah!
Oh, oh, have a!
Have another little piece of my heart now, baby,
You know you got it if it makes you feel goooood!




Adoro Janis Joplin cantando!
Bemmm lesada, com aquela voz largada e aquela dancinha linnnda e bem intimista! hahaha
Eu sou cantante... e hoje tô variando de Janis pra Cazuza como num passe de mágica!
Enfim, adoro antiguidades! hahaha

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Não sai...



"teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro...
teu olhar não me diz exato quem tu és, mesmo assim eu te devoro..."
-
pra confirmar Lulu vem me dizer nessa manhã tão... tão bela!
"eu acho tão bonito isso, de ser abstrato baby..."

às vezes eu sou tão paradoxal...
"porque seus olhos conseguem ver estrelas por todos os lados..."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Post mínimo do máximo

Alegria, vigia
raiou o dia
pôr de ansiedade
infinito e felicidade.
Quando bem cheio,
vazio de nada e meio
ventania de sorriso
falta de ar!

domingo, 20 de abril de 2008

Quando o príncipe vira sapo, jacaré e ogro...


Todos nós sabemos que isso é o que mais acontece na face da terra. Dizem até que quando a esmola é demais, o santo desconfia. Desconfie sempre.
Tem gente que parece até agenda eletrônica. Liga pra acordar, tomar remédio, dizer coisas inúteis. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. Não venha em uma semana querer outorgar um título de propriedade. O excesso sem disfarce de sutileza irrita.
Não considero namoro uma palavra macabra, mas o outro lado da indecência masculina vista nesses últimos tempos é assustadora. Ora me senti homem, outras senti que beijei uma mulherzinha. E pior que qualquer tipo de crise, minha vergonha alheia disparada foi no pedido de exclusão do orkut e congêneres.
Sempre ouvi dizer que homem tem pavor de mulher afoita. Parece até que tem medo que a cidadã se transforme numa dominadora, criatura sádica que vai arrastar a presa, fazer enxoval, comprar alianças e apresentar pra parentada! Não vai. A menos que seja uma psicopata. Muito mais pata que psico.
E isso existe na raça do sexo masculino. Falo com conhecimento de causa.
No primeiro instante se parece que encontrou o próprio príncipe no cavalo branco de tanta gentileza. Você consegue até digerir o fato dele ter um mau gosto pra N coisas ou algo do tipo. Ele quer provar a todo momento o quanto você é especial, o quanto a ama e consegue inclusive te fazer pensar que dessa vez você encontrou a azeitona da sua empada.
Em uma era onde as pessoas (a maioria) têm medo de assumir sentimentos, isso tudo parece uma graça.
Mas como num passe de mágica, PLIM! (não é mágica, você simplesmente acordou).
É possível ver a péssima combinação de cores existentes em um corpo só, o cabelo ou a falta dele, o tamanho – pequeno demais ou largo demais, e, se você não tiver um pingo de sorte vai descobrir as duas coisas, a delicadeza grudenta, o jeito de falar irritante, a passividade, a falta de masculinidade, a falsidade, a maneira como é influenciável.
Pra ajudar bastante, carrega a tira colo um melhor amigo. E aí, finalmente você constata que a relação nunca seria a dois, sempre a três.
Obviamente você não quer nada, mas se submete ser amiga, afinal de contas a sua terapeuta disse que você é a cada dia uma mulher mais evoluída, capaz de compreender até o incompreensível, e você faz o exercício do canaliza e abstrai.
Passe de mágica NEW NUMBER. (a gente perde a conta...)
Uma relação kinder ovo. Sempre aparece uma surpresa diferente. A cada dia você descobre uma podridão maior.
Mentiras que você imaginou que eram única e exclusivamente pra te proteger - mesmo você sendo grandinha e sabendo se proteger sozinha, eram mentiras mesmo – de graça e das gordas.
Aí se percebe que nada mais é tão legal assim e que ser amigo exige mais paciência do que se imaginava.
Não que eu esteja cada vez mais insuportável, até acho que contar tudo pro melhor amigo é legal, mas peloamordedeus, a menos que o amigo não seja fofoqueiro. Porque convenhamos, não é legal se ver exposta numa mesa de bar.
Encaminhar conversa de msn é o cúmulo de hormônio feminino na pessoa errada, mas ter que mandar para o best pra ajudar na interpretação do texto, já é um Deus nos acuda!
Porque você ter dito NÃO, com todas as letras e em alto e bom som, não foi suficiente. Nunca é. Principalmente quando a pessoa não sabe perder.
Imagine a cena: O cidadão em questão contando vantagem para os amigos em prosa e verso da virilidade invejável da qual é feliz portador, ou está insinuando, dizendo com todas as letras, o motivo de se deslocar de casa até uma balada e que faria, porque você deu indícios. Tão adulto né?! Lamentável. Um horror. E péssima interpretação de texto.
Nessa altura já é sapo faz tempo. Bem pior. Dá fobia. Dá nojo.
O dom que algumas pessoas têm de ser idiotas, me causa dores profundas no estômago. Chega a atacar a gastrite nervosa que instiga a vontade feroz de dar um soco em um ser desses até fazer virar gente!
As favas que me perdoe, mas mandei pra lá.
Não quero ver nem pintado de verde e amarelo em época de copa do mundo.
1) Delete
2) Lixeira
3) Esvaziar Lixeira
4) Abrir documento novo
Assim, pra finalizar bem adolescente no corpo de 30, superficial até a tampa e deslumbrado com um mundo pós-moderno que não beneficia quando falta cérebro e bom senso.
Tudo isso só serviu pra me deixar com dons artísticos aflorados e com a mesma vontade de reproduzir com realidade fiel o Guernica do Picasso, com personagens da minha vida cotidiana... Muito sangue e pedaços para todos os lados, coisa linda de ver...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Era uma vez...

Eu nunca tive diário daqueles em que a maioria das meninas alimentava com palavras, desejos, vontades e embalagens de bombons. Mas descobri aos 16 anos que entre meus poemas, poesias, bilhetinhos e depois os contos, bastante censurado por mim inclusive, levavam alguns dos meus pedaços.
As palavras sempre tiveram muita importância na minha vida embora eu nunca gostasse delas soltas e por si só.
Há uns dias, quando decidi encerrar um fotolog criado por mim em 2004, consegui enxergar minha forma mais escancarada de desabafo. Me permiti ler cada linha do ontem e os comentários de tanta gente que não imagino quem seja, mas que naquele momento, eu deixei que invadisse meu castelo.
No fundo, eu queria mesmo era contar tudo. Revelar todos os meus sonhos e lembrar pelos cantos o que passou. Contar tudo o que eu pensava antes do sono ou o que não me deixava dormir.
Falha de personalidade ou não, sentir demais, ser completamente inteira e entregue ao que eu acredito, sempre foi minha especialidade. E eu acreditei demais.
Quase sempre disse tudo e joguei as minhas tranças. Tudo bem que muitas vezes de forma incógnita ou subjetiva, mas que um pouco de sensibilidade poderia desvendar. Falo do tudo que eu nunca esperei que se tornasse nada, principalmente quando me expressar, pudesse ser uma tentativa de esquecer um lado covarde, atado e incapaz.
Por algum tempo o meu castelo tinha todas as janelas fechadas e era restrito para visitação, ainda assim, me confortava trocar algumas dúzias de palavras com o papel, por vontade, sob pressão, ou simplesmente decidir que naquele momento eu não queria contar nada; só estrelas.
O tempo ensina mas como sempre vou continuar me virando do avesso, só que agora sem perder tantos grãos de mim, e, definitivamente certa de que esconder-se atrás de algo ou de alguém, não protege ninguém das dores do mundo.
Confesso que me sinto uma menina em forma de mulher ou vice-versa, mais evoluída, e tenho orgulho do que tenho me tornado, não só pra mim mesma, mas para todos aqueles que convivem comigo, embora a vida ainda tenha muito a me ensinar.
Tenho orgulho inclusive da transparência que me deixa exposta e que quer sempre todos os meus ângulos, por pior que seja.
Aprendi a fazer escolhas, e isso não quer dizer que tenha sido fácil.
Eu escolhi adentrar no meu castelo aqueles que não se consideram majestade. Escolhi partilhar a vida com quem sabe que ser majestade pode ser simples, mas que reinar não é.
Vou continuar do lado que nunca me atrevi sair e certa de que o espelho não é mágico, tão pouco reflete o que não existe, portanto, aquela voz do lado de lá, está mais perto do que imaginamos, porque está simples e claramente dentro de nós mesmos.
Hoje posso até compreender porque vários castelos desabaram como se fossem meros castelinhos de areia. Consigo ainda achar graça quando lembro das abóboras, da varinha de condão e do sapatinho que nas minhas histórias, não serviram.
No fim, eu quase nunca sou aquela de vestido rodado ou de bochecha vermelha como as pessoas vêem, contudo, em alguns minutos é possível desvendar quem eu sou...
Ainda reverencio quem bate na porta e se aproxima desarmado(a).
Eu te deixo entrar, lhe dou a palavra e te mostro o meu elo, mas certa de que somente eu, sou a dona do castelo.